Dia
desses assisti a um filme com o Kit Harington (escrevi sobre ele aqui no blog,
inclusive) e fiquei tão feliz com a atuação dele que me dei ao trabalho de
pesquisar sua filmografia a procura de mais alguma coisa interessante. Pois
bem... Encontrei um filme perdido na lista que me agradou muito em um primeiro
momento. “Pompéia” me pareceu o tipo de filme pra dar aquela relaxada no meio
de semana, sabe? Bom elenco, cenas de lutas com espadas e animais, gladiadores
e um romancesinho pra dar aquela acalmada nos nervos. Bom... Devo adiantar que uma coisa eu aprendi nesse filme: Gladiadores + Romances + Coisas Explodindo, definitivamente não é uma boa fórmula. Ou se luta, ou se ama ou se explode coisas. Essas três coisas juntas são uma decepção eminente.
Já
na primeira cena do filme meus olhos arderam. Do nada um cara aparece, sabemos
que ele é o vilão, pois mata uma criança. Ok. Depois outro cara; dessa vez
bonito, forte e com cara de sofredor. O mocinho, óbvio. Depois a pá de cal para
o tsunami de clichês que estava por vir. O mocinho que ama os animas defende um
cavalo e faz com que a moça rica e nobre se apaixone por ele á primeira vista,
então ela joga na nossa cara uma frase mais ou menos assim “Eu vejo a nobreza
em seu coração”.
Respirei
fundo e mentalizei no elenco. Emily Browning, Kiefer Sutherland, Adewale
Akinnuoye-Agbaje e companhia não deram conta de segurar o rojão que o diretor
Paul W.S. Anderson jogou em suas mãos antes de sair correndo. Com um roteiro
sofrível, vemos que de “Pompeia” o filme não nada; talvez um pano de fundo bem
desbotado e nada mais. O vulcão Vesúvio poderia ser substituído por qualquer
tipo de catástrofe e ninguém notaria, aliás, o filme poderia ter como subtítulo
algo do tipo “999 maneiras diferentes de morrer” já que na Pompéia de W.S.
Anderson, de mordida de tigre a pisoteamento, de tudo se morre. Mais um pouco e
não sobraria ninguém para o vulcão levar embora.
A
única coisa nesse filme que realmente surpreende e prende o espectador é a
qualidade técnica dos efeitos especiais. Muita explosão, muita coisa voando e
nossa cabeça prestes a explodir com a música alta e uma costura de cena quase
vertiginosa. Porém, a música alta não é capaz de tapar os buracos deixados por
uma história que, além de batida, é mal contada e mal dirigida. Pensando bem, o
filme tem sim algo de Pompéia... Ambos foram grandes desastres.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Paul W.S. Anderson, Scott Batchler, Robert Johnson
Produção: Jeremy Bolt, Don Carmody
Produtor de set: Martin Moszkowicz, Jon Brown
Diretor de fotografia: Glen MacPherson
ELENCO
Kit Harington - Milo
Carrie-Anne Moss - Aurelia
Emily Browning - Cassia
Adewale Akinnuoye-Agbaje - Atticus
Jessica Lucas - Ariadne
Kiefer Sutherland - Corvus
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