Encontrei esse
filme perdido no catálogo da Netflix depois de horas de procuras as cegas. Sabe
aquele dia que você pensa “Vou procurar algo aqui rapidinho pra ver” e três horas
se passam e você ainda está lá sendo engolido por títulos e mais títulos? Pois
bem, foi exatamente isso. Procurei algumas
informações a respeito já que as sinopses da Netflix são uma bosta e não achei praticamente nada sobre. Então, tudo, tudo mesmo, nesse filme foi uma surpresa pra mim. Uma surpresa bem agradável,
diga-se de passagem.
A premissa da
história é um tanto batida no começo, mas se desenrola de uma forma que te faz
ficar muito satisfeito. O personagem principal, Willian (Gethin Athony), está de
passagem pela Europa acompanhado por um amigo. Willian aproveita sua estada em
Copenhagen para procurar pelo avô paterno, que ele não conhece e que seu próprio
pai não teve mais notícias desde que ainda era criança.
Nos primeiros
minutos de filme já temos certeza de uma coisa: o personagem de Gethin Athony é
um completo idiota. Ele passa os dias reclamando que transou menos na viagem do
que esperava e tentando convencer seu amigo de que a namorada dele é uma vadia. Fazendo
a linha de pessoa que afasta todo mundo a sua volta, Willian parte em busca do
avô e conhece Effy (Frederikke Dahl Hansen). Por algum motivo que não entendemos,
ela se propõe e a ajudá-lo em sua busca, principalmente com a interpretação do dinamarquês.
A partir daí o
que vemos são belas tomadas da cidade dinamarquesa, diálogos simples e muita sensibilidade.
Aos poucos Effy consegue fazer com que Willian baixe a guarda e comece a
apreciar aquilo que vive, em vez de ficar reclamando. Começamos a entender que
ela se apegou a ele por ele ser lindo por ser uma menina sozinha e cheia de problemas com o
padrasto e que ele apenas precisava de alguém que o olhasse com um pouco mais
de atenção.
Dahl Hansen
domina a personagem com tanta precisão que, quando olhamos pra ela, pensamos ser aquela nossa amiga good
vibes que sempre quer ajudar. Isso sem contar que a química entre Effy e
Willian funciona perfeitamente bem. Ao longo do filme, os personagens evoluem a
olhos vistos e se torna quase impossível não esperar por um final feliz, mesmo
sabendo que Willian voltará aos EUA em poucos dias.
Sem grandes pretensões,
Copenhagen nos conquista por sua simplicidade e nos coloca para refletir sobre o que é certo ou errado em determinadas
relações. Também somos colocados a pensar como certas escolhas (e renúncias)
mudam por completo quem somos e a forma como vemos o mundo.
Com
personagens conflitantes e de fácil identificação, belas paisagens, alguns dilemas morais e muita
delicadeza, é uma bela pedida para aqueles dias em que você quer um filme para
relaxar sem deixar de questionar algumas coisas.
FICHA
TÉCNICA
Direção:
Mark Raso
Música:
Agatha Kaspar
Roteiro:
Mark Raso
Figurino:
Rocio Lopez
ELENCO
Frederikke Dahl Hansen - Effy
Gethin Anthony - Willian
Sebastian Armesto - Jeremy
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