terça-feira, 28 de junho de 2016

COPENHAGEN. Um filme para dar uma chance.





Encontrei esse filme perdido no catálogo da Netflix depois de horas de procuras as cegas. Sabe aquele dia que você pensa “Vou procurar algo aqui rapidinho pra ver” e três horas se passam e você ainda está lá sendo engolido por títulos e mais títulos? Pois bem, foi exatamente isso.  Procurei algumas informações a respeito já que as sinopses da Netflix são uma bosta  e não achei praticamente nada sobre. Então, tudo, tudo mesmo, nesse filme foi uma surpresa pra mim. Uma surpresa bem agradável, diga-se de passagem.
A premissa da história é um tanto batida no começo, mas se desenrola de uma forma que te faz ficar muito satisfeito. O personagem principal, Willian (Gethin Athony), está de passagem pela Europa acompanhado por um amigo. Willian aproveita sua estada em Copenhagen para procurar pelo avô paterno, que ele não conhece e que seu próprio pai não teve mais notícias desde que ainda era criança.
Nos primeiros minutos de filme já temos certeza de uma coisa: o personagem de Gethin Athony é um completo idiota. Ele passa os dias reclamando que transou menos na viagem do que esperava e tentando convencer seu amigo de que a namorada dele é uma vadia. Fazendo a linha de pessoa que afasta todo mundo a sua volta, Willian parte em busca do avô e conhece Effy (Frederikke Dahl Hansen). Por algum motivo que não entendemos, ela se propõe e a ajudá-lo em sua busca, principalmente com a interpretação do dinamarquês.
A partir daí o que vemos são belas tomadas da cidade dinamarquesa, diálogos simples e muita sensibilidade. Aos poucos Effy consegue fazer com que Willian baixe a guarda e comece a apreciar aquilo que vive, em vez de ficar reclamando. Começamos a entender que ela se apegou a ele por ele ser lindo por ser uma menina sozinha e cheia de problemas com o padrasto e que ele apenas precisava de alguém que o olhasse com um pouco mais de atenção.
Dahl Hansen domina a personagem com tanta precisão que, quando olhamos  pra ela, pensamos ser aquela nossa amiga good vibes que sempre quer ajudar. Isso sem contar que a química entre Effy e Willian funciona perfeitamente bem. Ao longo do filme, os personagens evoluem a olhos vistos e se torna quase impossível não esperar por um final feliz, mesmo sabendo que Willian voltará aos EUA em poucos dias.
Sem grandes pretensões, Copenhagen nos conquista por sua simplicidade e nos coloca para refletir sobre o que é certo ou errado em determinadas relações. Também somos colocados a pensar como certas escolhas (e renúncias) mudam por completo quem somos e a forma como vemos o mundo.
Com personagens conflitantes e de fácil identificação, belas paisagens, alguns dilemas morais e muita delicadeza, é uma bela pedida para aqueles dias em que você quer um filme para relaxar sem deixar de questionar algumas coisas.





 FICHA TÉCNICA
Direção: Mark Raso
Música: Agatha Kaspar
Roteiro: Mark Raso
Figurino: Rocio Lopez

ELENCO
Frederikke Dahl Hansen - Effy
Gethin Anthony - Willian
Sebastian Armesto - Jeremy

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